quinta-feira, 30 de julho de 2009

O vazio vazou, ah

Hoje, vi meu reflexo no espelho. Notei algo diferente.

Não sou mais a mesma, não de anos atrás, mas de apenas meses, semanas talvez. Me surpreendi. O vazio não estava mais lá. Falo daquele vazio que eu sentia, que não me deixava dormir em paz, nem viver sem dor. Ele realmente pesava.

Ah sim, hoje foi um dia feliz! Peguei meu livro, que estava abandonado há mais de duas semanas e fui me sentar no gramado de casa, com o sol batendo nos meus cabelos e o vento frio, desse inverno realmente gelado cortando minha face. Retomei a leitura da parte onde parei. Foi tão bom, me sentir leve outra vez. Sentir que existe algo maior, algo melhor pra mim.

Foi como me libertar do "mundinho" que eu mesma havia criado. Por inúmeras vezes tentei me livrar disso, utilizando dos mais diversos meios de auto-persuasão. Bem, mas de que maneira essa sensação depressiva me abandonou, não imorta. O que importa é que acabou.

Estou realmente feliz, por mim.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Fotossensível.

Sabe aqueles dias em que tu acorda e sente que falta alguma coisa? Sinto como se tivesse um buraco em mim. As coisas mudaram, juro que não foi a intenção. Acredito que a culpa foi minha, mas não quis magoar ninguém. Me sinto pequena. Hoje realmente não foi um dia bom, e o curioso é que são nesses dias em que me inspiro pra escrever. Parece que sou fotossensível, queria me trancar numa cápsula, longe da luz de todos, de você. Quando tiver coragem faço isso mesmo. Me isolo. Mas sou tão dependente de tudo. Hoje pensei em ir embora, cogitei a idéia de intercâmbio. Vou amadurecer a idéia. Quem sabe seja legal. Eu era tão forte, sim, eu era. Preciso tanto de um abraço verdadeiro, sincero, daqueles bem fofos. Não vou chorar, não mesmo. Que saudades dos tempos de menina sapeca, da inocência, da leveza da liberdade. Ando realmente nostálgica. Já passei por momentos melhores. Mas agora chega. A vontade dá, e passa. Vou procurar uma cápsula.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Minha complexa mente confusa, não tente entender.

Eu acho que tenho sérios problemas. Definitivamente, isso não deve ser normal. Eu penso demais, e consigo definir meu dia, apenas pelos meus pensamentos. Se quiser esquecer algo, eu vou esquecer. Se quiser me preocupar com algo realmente sem importância, eu vou me preocupar. Não levo jeito pra relacionamentos, tudo parece tão fácil pros outros, eu teimo em complicar. Me ensinaram a vida inteira o "certo" e o "errado", seguir o "errado" me parece muito mais tentador. E eu sempre dou um jeito de fazê-lo o mais discretamente possível. Consigo ser incrivelmente falsa, pra agradar as pessoas, mas eu nem sei porque faço isso, não tenho que agradar ninguém oras. As pessoas deveriam deixar de serem hipócritas. Ninguém é igual a ninguém, e eu me acho especialmente diferente, e costumo deixar isso bem claro. Excesso de sinceridade deveria ser considerado algo bom, pois te ensinam a vida inteira a falar a verdade. Se não fôr sincera, estarei mentindo. Eu não consigo focalizar só um tema, relato coisas aleatórias. Isso tá parecendo o "quem sou eu", do Orkut. Mas quem se importa? No fundo todo mundo quer que você se ferre. Bem que a minha mãe me avisou. A verdade é como levar um tapa na cara, e não poder devolver. Corrói. Mas quando você se ilude, as coisas parecem bem mais fáceis. É como tentar dar um ctrl+z na vida. Eu prefiro quebrar a cara, à me iludir e tentar camuflar os fatos. Sempre tem um amigo que te estende a mão. Ah sim, os amigos! Tenho realmente poucos, mas sempre ouvem meus problemas, choram e gritam comigo, quando eu precisar. Mas se eu não gostar de você, esqueça, eu vou te ignorar. E esse foi realmente um post inútil. Agradeço se tiver lido até aqui. Me pareceu uma bela porcaria. Nem tô.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Besteira de guria

Costumo escrever frases aleatórias, poemas e essas besteiras.
Pra mim mesma. Mas um dia, uma amiga leu e gostou. Finalmente achei um lugar pra publicar.


Tente fugir, se fôr capaz

Fria por fora, quente por dentro
Forte por fora, sofrendo por dentro
Eu tentei, juro que tentei. Fracassei.
Fui invadida por esse sentimento,
no início tão puro, mas tão esxitante.
"Não se iluda menina, o que você vê é uma linda mentira.
O que você sente, é uma triste verdade."
Acabou, agora dói. Mas por quê?
Esse sentimento, dói?
Sonhei com você.
Antes tão próximo,
agora tão distante.
Tento trazer a calma do conformismo.
Mas ainda dói.
Dói saber que suas palavras,
que faziam meu coração descompassar,
já não são mais para mim.
Machuca saber,
que aquilo que começou por brincadeira,
e me fazia esquecer de respirar,
você nega, mas já não são mais para mim.
Pressinto que acabou.
Tento enlouquecidamente fugir.
Antes, fugir pra te ver.
Hoje, fugir de sofrer.
Sou boa em esconder sentimentos, mas
o que sinto não vai passar.
Ficarei feliz de sentir que apenas,
não dói mais.

A irresponsável

De repente acordei, olho pro relógio, meu coração dispara. Já devia estar no trabalho à 15 minutos.

Meu quarto estava incrivelmente bagunçado. Vesti roupas que estavam no chão mesmo, escovei os dentes e sai correndo.

No caminho minhas idéias ficaram confusas. Já não sentia minhas pernas. O peso da irresponsabilidade paiorou sobre minha mente. Esqueci de programar o despertador. Pela primeira vez na vida, falhei. Depois de alguns anos, nessa vida de "acordar cedo", falhei. Nunca havia me atrasado por tamanha irresponsabilidade, nem mesmo para o colégio.

Fiquei com raiva de mim mesma. Se tem algo que prezo nessa vida, é meu emprego. Devo a ele tudo que sei, tudo que sou. Devo ser uma das raras pessoas que gosta de trabalhar, mantém minha mente ocupada com coisas úteis.

O remorso tomou conta de mim, já estava chegando.

Passei pela porta e vejo minha chefe, meus músculos congelaram. Então ela abre um largo sorriso curioso e preocupado.

Ah como me senti leve. Exceto isso, o dia não podia ter sido melhor.

Agradeci.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Isso me agrada.

Tudo me parece novidade aqui. Cansada da falsidade do "Orkut" e da frescura do "Twitter".

Realmente estar aqui me agrada muito. Escrever o que penso, o que sinto, sem ter a necessidade de agradar alguém é muito confortante.

Gosto de escrever, se agrado, já não sei. Mas se eu gosto, pra mim, basta.

Acho que por hoje é só. Nada de exageros nesse primeiro momento.